sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O mensalão, o apagão e o estranho R$ 1 milhão: as "coincidências" do PT
 
Milton Corrêa da Costa
 
Definitivamente o Partido dos Trabalhadores (PT), tido em prosa e verso, tempos atrás, com partido político inatacável, baluarte dos princípios da ética e da moralidade  pública, da defesa ideológica da justiça social, de onde se esperava a correção de atitudes e a solução de todos os problemas nacionais, encontra-se hoje, como partido de situação na direção do país, em xeque perante à opinião pública brasileira.
 
Algumas de suas figuras de maior proeminência não eram tão éticos e incorruptíveis assim. Que o diga o processo do mensalão, o maior crime praticado contra a fé do povo brasileiro, um crime de traição ao país, num perfeito conluio entre agentes públicos e privados na obtenção da vantagem ilícita e no desvio intencional do dinheiro público. José Dirceu (acusado de mandante do esquema) e José Genoíno, ideólogos da esquerda e da luta armada, nos idos de 60 e 70, já foram condenados por corrupção ativa por três ministros do Supremo Tribunal Federal. Aguarda-se agora a decisão dos demais ministros.
 
Para os magistrados Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Luiz Fux ficou evidenciado que Delúbio Soares não poderia ter agido sozinho. No cardume havia peixes grandes por trás do grave crime de compra e venda de votos no parlamento. O ministro Luiz Fux, ao afirmar a convicção de seu voto disse: "È inimaginável que esses acordos (da direção petista com os dirigentes dos partidos aliados) eram só políticos". Resta saber agora quem vai de fato para a cadeia. O povo e os trabalhadores brasileiros aguardam ansiosamente o desfecho do julgamento da ousada e cínica quadrilha de assaltantes dos cofres públicos.
 
Concomitante ao vergonhoso caso mensalão ocorre, em menos de duas semanas, o terceiro apagão, "apaguinho" como dizem os petistas, para não confundir com a gestão FHC e se colocarem isentos da expolração político-partidária. Somente este ano já ocorreram 32 apagões acima de 100 MW. Cerca de 15 horas após um apagão que deixou às escuras, por até meia hora, diversos pontos de quatro regiões do país, na noite de 03/10, um blecaute atingiu 70% do Distrito Federal por pelos menos duas horas nesta quinta-feira. Até acidentes de trânsito ocorreram nos apagões dos sinais de Brasília. Graças a um gerador próprio o STF pode prosseguir o julgamento dos quadrilheiros. Menos mal. A conclusão a que se chega é que a herança do setor energético do governo passado não era tão bem vinda assim. Será tudo coincidência de panes, acidentes  inevitáveis, falta de supervisão eficiente no sistema ou mesmo falta de investimentos no setor como dizem os analistas?
 
Para completar o amargor do Partido dos Trabalhadores, coincidentemente às vésperas das eleiçoes municipais do próximo domingo, os jornais noticiam que  mais de R$ 1 milhão foram apreendidos pela Justiça Eleitoral no interior de um jatinho, na última terça-feira, em Parauapebas, no Pará, que seriam entregues à coordenação de campanha do candidato do PT à prefeitura do município. A Polícia Federal investiga agora se o dinheiro se destinava ou não à compra de votos.
 
Ou seja, a estrela solitária do Partido dos Trabalhadores jã não brilha tanto como dantes. Algumas vestais do antigo e ferrenho partido de oposição não eram tão vestais assim, a ponto de combater os dólares na cueca, os acordos políticos mafiosos e o assalto ao dinheiro público, nem tampouco tão competentes para prever o incômodo dos "apaguinhos". Profundamente lamentável. O PT parece que não sabia de nada. Um marido eternamente traído.
 
Milton Corrêa da Costa é cidadão brasileiro e aguarda ansiosamente o fim do julgamento do mensalão
 
 
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Joaquim Barbosa entra para a história ao abrir o caminho para o fim da imoralidade na política
 
Milton Corrêa da Costa
 
O insigne ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, relator do processo que julga a quadrilha (mafiosa) do mensãlão, com seu gesto de coragem e exemplar comportamento na defesa da coisa pública, em sua justa  indignação contra atos de corrupção no parlamento brasileiro, devidamente constatados em provas testemunhais, materiais e documentais, condenando os verdadeiros culpados do roubo aos cofres públicos, entra para a história-pátria como exemplo de decência e honradez na magistratura e lava a alma do povo brasileiro, a maior vítima do desvio do dinheiro público, da imoralidade, do roubo, da bandalheira, da falta de decência e de ética na política.
 
Joaquim Barbosa, com suas atitudes de austeridade,  eleva e  a cada dia, o bom nome do Poder Judiciário e nos enche de esperança, fazendo com que cada cidadão brasileiro volte a confiar no rigor da lei e na Justiça e na possibilidade, agora real, de se por fim à indecência na política. A coragem do humilde e ilustre brasileiro de Paracatu (MG) contagia os que acreditam num Brasil melhor e mais justo, onde as futuras gerações possam se orgulhar da classe política cuja relevante missão é servir ao povo e promover o bem comum, não se locupletar e obter vantagens ilícitas. Não assaltar descaradamente o erário, através de mecanismos sofisticados, fictícios e fraudulentos de matemática financeira, próprios dos crimes mais graves de organizações mafiosas. Imaginavam, a partir da compra de votos de parlamentares, a perpetuação de um partido político no poder, onde alguns de seus representantes abasteceriam, ad eternum, seus bolsos, sua cuecas e os paraísos fiscais com o dinheiro dos impostos e do suor do trabalhador brasileiro. Um vergonha descarada. Num país de legislação penal mais dura a prisão perpétua é o que lhes aguardava. Sem dúvida. Crimes de lesa-pátria têm que ser punidos como máximo rigor.
 
 
É como bem disse o ilustre ministro Celso de Mello, do STF, recentemente, ao proferir seu voto condenatório a alguns dos quadrilheiros do mensalão: “Esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, tanto público quanto privados, devidamente comprovados que só fazem desqualificar e desautorizar a atuação desses marginais no poder.Conclui afirmando ( e só se pode concordar) que no caso do mensalão se trata “de uma quadrilha de bandoleiros de estrada, que devem ser tratados como verdadeiros assaltantes dos cofres públicos". Brilhante, realista e corajoso parecer de um insigne magistrado na defesa da lei e da ordem e contra a falcatrua no poder.
 
Ao nobre ministro Joaquim Barbosa, portanto, que tem o raro poder de contagiar positivamente a magistradura brasileira, os aplausos de toda a sociedade. Em cada praça pública deste país, como perpetuaçao da imagem de um brasileiro notável, um patriota exemplar, erga-se um busto de Vossa Excelência. A triste, nojenta e vergonhosa era da imoralidade na política brasileira, ressalvados os poucos pólíticos que sempre se pautaram pelos princípios da ética e da moralidade, tem agora um divisor de águas:. O divisor de águas é o comportamento exemplar de um homem corajoso, ferrenho defensor da lei e da ordem. O povo brasileiro curva-se a quem faz a diferença. Que Deus conceda ao prezado magistrado muitos anos de vida para que possa ser testemunha da mudança para um Brasil onde políticos respeitem cada cidadão e o voto a eles destinados num estado democrático de direito.
 
Joaquim Barbosa, também Joaquim como o mártir Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é, pois, um brasileiro diferenciado pela conduta ilibada e sobretudo heróica. A história da política brasileira tem agora um divisor de águas: seu nome, Joaquim Barbosa. O povo brasileiro curva-se e aplaude, pois, diante da coragem e honradez um ilustre patriota, que venceu a máfia e a bandalheira na política. À história-pátria tem o dever de reverenciá-lo ad eternum. Assim seja feito. por dever de justiça. A História do Brasil tem um novo herói que não se intimida. Um brasileiro de gestos nobres.
 
Milton Corrêa da Costa é cidadão brasileiro e aguarda ansiosamente o fim do julgamento do mensalão

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